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Vírus

Características gerais:

-são as menores entidades biológicas;

-acelulares;

-parasitas intracelulares obrigatórios;

-tem ácidos nucleicos e mesmo sistema de decodificação genética que todas as formas de vida conhecidas têm;

-atuação na espécie humana de mais de 12.000 anos;

-a maioria dos vírus não pode ser visualizado ao microscópio fotônico;

-quando estão fora de células hospedeiras, os vírus não se multiplicam nem apresentam qualquer tipo de atividade metabólica;

-INFECÇÃO VIRAL: invasão de uma célula por vírus, que causa profundas alterações no metabolismo celular

-->as células hospedeiras, em alguns casos, começam a dividir-se sem controle, gerando tumores; o destino da maioria das células infectadas é a morte;

-VIROSE: doenças causadas por vírus;

Relatos:

1° relato)Guerra do Peloponeso- Tucídides (4.000 a.C.)

-relato duvidoso;

-mortalidade de mais de 30%;

-veio da Ásia para Europa depois;

-não se tem evidências, viso que, para os gregos irem para o “céu”, tinham de ser cremados e, assim, acabaram com qualquer evidência que poderia ter;

2° relato) Edward Jenner (1796)

-relato também duvidoso;

-Há 10.000 anos existia uma doença que assolava, a varíola e Edward, estudando, percebeu que aqueles que ordenhavam vacas não pegavam varíola humana;

-A varíola atingia 85% da população e 35% das pessoas que tinham, morriam;

-Quem ordenhava vaca, acabava pegando a varíola bovina, que tinha um dano muito inferior e não matava quase ninguém e, uma vez que pegassem varíola bovina, não pegavam varíola humana-->COW POX;

-Edward, querendo testar sua tese, colocou a varíola bovina em James Phipps que, semanas após, já estava bem e não pegou varíola humana quando apresentado ao vírus;

-A varíola bovina é causada pelo vírus Vaccinia e, foi a partir desse nome que surgiu a VACINA, que significa introduzir num organismo sadio um vírus menos letal que o outro;

-A varíola humana é um vírus que veio dos camelos egípcios e surgiu na África e leste da Ásia. Lá já tinham uma forma de prevenir: pegavam a casca da pessoa infectada, colocavam no sol e depois comiam. Os raios UV do sol esterilizavam e acabavam como DNA, ou seja, ficavam só as proteínas do vírus que, quando ingeridas, geravam anticorpos no corpo de quem comesse;

-Outra curiosidade foi que a varíola humana foi a primeira arma biológica: tecidos contaminados com varíola humana eram dados de presente aos indígenas, que acabavam morrendo;

3° relato)Em 1886, na França, Louis Pasteur, botânico, estudou o vírus da planta: doença do Tabaco;

-Folha do tabaco, quando atacada pela doença, formava algumas “bolas” amarelas, que pareciam mosaicos e, daí, o nome de Mosaico do Tabaco;

-Ele teve, inicialmente, duas hipóteses: seria bactéria ou uma toxina;

-Não poderia ser uma bactéria porque não se reproduzia quando colocada separadamente;

-Além disso, colocou isso em um filtro de porcelana e, como bactéria é maior que o filtro, não passaria, mas aquilo que ele estava tentando descobrir o que era, passou;

-Após isso, resolveu colocar essa doença em uma folha de tabaco e, no outro dia, a folha estava toda infectada;

4° relato)1939:microscópio eletrônico -->olharam e viram um vírus, o Smal Pox, o maior vírus;

Características dos vírus

-->Características dos vírus

1-acelulares;

2-composição química: ÁCIDOS NUCLEICOS+PROTEÍNAS+LIPÍDIOS

Ácidos nucleicos: DNA, RNA (simples fita ou dupla fita) ou DNA+RNA

-os RNAs de fita simples e positiva já podem, ao entrar na célula, ser transcritos;

-os RNAs de fita simples e negativa, ao entrar na célula, precisam se reagrupar para serem transcritos;

Proteínas: servem para o reconhecimento da célula hospedeira e foram codificadas pelo material genético do vírus. Servem também como proteção física do genoma contra a temperatura e a ação enzimática;

Lipídios:nem todos os vírus tem, mas servem como proteção;

3-Parasita intracelular obrigatório: sem estar dentro da célula, não sobrevivem;

4-Sem metabolismo: não se alimentam, se dividem ou respiram; não têm citoplasma ou organelas;

5-Não crescem e não se dividem: só se reproduzem quando estão parasitando células;

Estrutura

-Um vírus é fundamentalmente constituído por uma ou mais moléculas de ácidos nucleicos (DNA ou RNA), envoltas por proteínas que constituem o capsídio. Juntos, capsídio e ácido nucleico, compõem o nucleocapsídio;

-Em certo vírus, o nucleocapsídio é envolto externamente por uma membrana lipoproteica, o envelope viral, formado, em geral, quando a partícula viral é expelida pela célula hospedeira;

-Além de proteínas e lipídios de origem celular, o envoltório do nucleocapsídio contém proteínas virais específicas, que foram adicionadas à membrana celular enquanto o vírus se multiplicava no interior da célula hospedeira;

-VÍRUS ENVELOPADO: tem envoltório lipoproteico;

-VÍRUS NÃO ENVELOPADO: não tem envoltório lipoproteico;

-Uma partícula viral morfologicamente completa é denominada vírion: partícula cristalizada. Esse vírion é o vírus completo e cada tipo de vírus tem um específico. Fora da célula, o vírus está no formato cristalizado, ou seja, como vírion;

ESTRUTURA COMPLETA DO VÍRUS: RNA ou DNA, capsídio e/ou envelope membranoso;



Especificidade dos vírus

-Tanto o capsídio (no caso de vírus não envelopado), como o envelope lipoproteico (no caso de vírus envelopados) contêm proteínas especiais denominadas ligantes, capazes de se encaixar em determinadas proteínas presentes nas membranas das células hospedeiras, estas determinadas de receptores virais;

-Para invadir uma célula, um vírus tem de se encaixar perfeitamente nos receptores da membrana celular. É justamente a necessidade de associação exata às proteínas celulares que torna os vírus tão específicos: eles só conseguem infectar células que possuam receptores compatíveis com os ligantes de seu envoltório;

-Depois de se ligar aos receptores da membrana, o vírus infecta a célula, isso se dá por processos que variam conforme os diferentes tipos de vírus;

FORMAS DO VÍRUS PENETRAR NA CÉLULA HOSPEDEIRA

- Injeção de ácido nucleico: as proteínas ligantes do vírus conectam-se nos receptores virais na célula, injetam o material genético viral, furando a membrana plasmática e deixando o capsídeo proteico do lado de fora da célula; (exemplo: bacteriófagos).

-Fusão de envelope viral: os vírus penetram na célula por meio da fusão de seu envelope membranoso com a membrana celular. A membrana do vírus incorpora-se a membrana plasmática da célula hospedeira, da qual passa a fazer parte, e apenas o nucleocapsídeo penetra no citoplasma, onde as proteínas virais são degradadas por enzimas celulares e o ácido nucleico é liberado; (exemplo: HIV).

- Endocitose: processo em que são englobados ativamente pela membrana celular, após essa ter sido estimulada pelos ligantes virais. Uma vez no citoplasma, os vírus libertam-se da bolsa membranosa e se desintegram no citoplasma, liberando o ácido nucleico; (exemplo: vírus da gripe).

REPRODUÇÃO DO VÍRUS

-Enquanto um vírus não encontrar uma célula em que possa penetrar, ele não manifesta nenhuma atividade. Entretanto, ao encontrar a célula hospedeira apropriada, o vírus introduz nela seu material genético, que entra em ação e passa a utilizar a célula para produção de novos vírus;

-A maneira pela qual os vírus se multiplicam no interior da célula hospedeira varia entre os diferentes tipos virais;

CICLO LISOGÊNICO

O DNA viral se incorpora ao DNA da célula hospedeira, que continua a se reproduzir levando o DNA viral;

1°: O vírus fixa-se na célula hospedeira e entra na célula;

2°: O DNA do vírus passa a fazer parte do material genético da célula sem este perceber;


3°: A célula se duplica, duplicando, assim, o DNA do vírus;

4°: Algum evento externo ou instruções do próprio DNA viral inicia a replicação viral, que estava “adormecida”;

5°: A reprodução do vírus se inicial normalmente, como no ciclo lítico, ou seja, o prófago solta-se do material genético da célula e inicia o ciclo lítico;

-Doenças causadas por esse vírus tendem a serem incuráveis;

-Quando o DNA viral está dentro do DNA celular, ele é chamado de prófago;

-O DNA do vírus se incorpora no DNA de uma célula, mas não interfere no metabolismo da célula hospedeira, que continua reproduzindo normalmente, transmitindo o DNA viral às células descendentes;

-O vírus continua latente ou volta para o ciclo lítico;

CICLO LÍTICO

O ciclo termina com a lise e a morte da célula hospedeira;

-O DNA viral passa a comandar o metabolismo da célula hospedeira e a faz várias cópias que se transcrevem em RNAm virais. Com essa reprodução exagerada, ocorre uma lise (destruição) na célula, liberando os novos vírus que podem infectar outras células e, assim, sucessivamente;

-O vírus que faz o ciclo lítico drena todas as proteínas da célula e forma um novo capsídio;

-A célula passa a produzir, com suas organelas, o material genético do vírus;

-O vírus utiliza a célula como se fosse uma escrava;

CICLO VIRAL

ADESÃO: é o reconhecimento do vírus pela célula, é a ligação de uma molécula presente na superfície da partícula viral com os receptores específicos da membrana celular do hospedeiro. O vírion adere a célula hospedeira;

PENETRAÇÃO: é a entrada do vírus na célula e pode ser feira de três maneiras: injeção de ácido nucleico na célula, fusão do envelope viral ou endocitose;

DESNUDAMENTO:o capsídio é removido pela ação de enzimas celulares existentes nos lisossomos, expondo o genoma viral;

BIOSSÍNTESE:formação das proteínas estruturais e não estruturais dos vírus a partir dos processos de transcrição e tradução. Síntese dos componentes virais;

MONTAGEM E MATURAÇÃO:novos vírions são montados na célula hospedeira. As proteínas vão se agregando ao genoma, formando o nucleocapsídio. A maturação consiste na formação das partículas virais completas, ou vírions, que, em alguns casos, requerem a obtenção do envoltório lipídico ou envelope. Em resumo, os vírus que possuem genoma constituído de DNA condensam suas partes no núcleo, enquanto os de RNA, no citoplasma;

LIBERAÇÃO:a saída da célula pode ocorrer por lise celular ou brotamento. Na lise celular (ciclo lítico), a quantidade de vírus produzido no interior da célula é tão grande que a célula se rompe, liberando novas partículas virais que vão entrar em outras células. Geralmente, os vírus não envelopados realizam este ciclo, ao passo que os envelopados saem da célula por brotamento. Neste caso, os nucleocapsídios migram para a face interna da membrana celular e saem por brotamento, levando parte da membrana;


Referências:

-Amabis, José Mariano. Biologia/ José Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho.- 4. ed.- São Paulo: Moderna, 2015.

-Aula do Paim, professor de Biologia do CMPA.

(todos os sites foram acessados entre os dias 09/03/2020 e 12/03/2020)

SITES QUE RECOMENDO PARA O ESTUDO DE VÍRUS:

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